quinta-feira, 29 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Le Parkour não! Partobaaaaaaa

Faz tempo que não posto nada aqui, mas agora to seguindo mais do que nunca o Mundo Canibal. Os irmãos Piologo vivem no limiar da loucura e te arrastam para a psicose.

Pra dar risada, numa tarde fria pra caceta, nada melhor:

AVATAR


Depois de quase 20 anos projetando esse trabalho, o cinesta James Cameron finalmente leva para os cinemas Avatar. Um épico alienígena que levou quase 10 anos para ser concluído e gasto muitos milhões de dólares para ser concretizado - US$ 230 mi para ser mais exata.

O retorno desse dinheiro investido parece já estar garantido, pois de fato o filme, um tanto curioso, tem elementos importantes para atingir o público: uma história de amor, um problema enorme e uma solução clichê, porém eficaz. Se formos analisar, quase todos os filmes são dessa maneira, pois a falta de clichê pode resultar num desastre, já que a intenção é atingir a grande massa. Para os mais cri-cris a expectativa sempre será de detalhes extremos e aquele blá blá blá técnico permanente no círculo cinematográfico. Mas acreditem, Avatar surpreende, é bonito visualmente, têm personagens carismáticos e o roteiro – mesmo manjado - é bom.

DIVERSÃO 3D


Apesar das qualidades, não posso deixar de dizer que a experiência tem seus contras também. James Cameron projetou o filme para superar qualquer expectativa tecnológica e afirmou por A+B que essa seria uma revolução para o cinema. Pois bem, ele disse e muitos dos seus argumentos procedem, exceto pela parte 3-D da coisa.

Confesso que ir a um cinema com esse recurso, onde tudo parece encostar em você, é muito bom, porém a bela obra de Cameron dura três horas e é aí que a coisa começa a incomodar. Os óculos começam a pesar e em alguns momentos o excesso de imagens naturais, onde o personagem corre e tudo o mais, faz com que a experiência agradável vire um martírio visual. Não que esse detalhe vá estragar sua diversão, mas causa um certo incômodo.

AS BATALHAS E UM HERÓI PARAPLÉGICO

É incrível entender um roteirista como James Cameron. Sua capacidade de criação chegou perto do limite surreal. A história tem aquele começo, meio e fim típicos de hitórias convencionais. Tudo se passa no planeta Pandora, no qual uma empresa descobre um tipo de minério caríssimo debaixo das terras onde habita a população dos Na´vi; seres vivos com aparência meio humana, meio felino. Uma espécie de Thundercats azuis. Logo surge Jake Sully, o mocinho, que se revolta diante dos planos de destruição dos humanos e tenta salvar os Na´vi. No meio desse rolo todo, ele se apaixona por uma habitante desse território hostilizado e começa um “Pocahontas Futurista”.

Mesmo com a história de amor, tenho de citar as batalhas que acontecem no desenrolar da história. Naves, robôs e toda parafernalha a lá George Lucas aparecem e dão um show de ação. A fauna e flora local é estonteante. Também existe um cenário com ilhas flutuantes, onde você se pergunta se já não viu aquilo em algum quadro do Salvador Dalí. Mas o mais curioso não são as plantas que brilham ou os animais com um pézinho na pré-história e sim o fato de Jake Sully ser paraplégico. Sim, um herói deficiente. Isso sim é legal. Na maioria das vezes vemos atores malhados com roupas coladinhas, mas nesse caso o humanismo é bem mais forte. Esse detalhe é algo que poderia passar batido, mas mesmo com tantos alienígenas e tecnologia, não consegui deixar de ver o lado humano e físico que se estabelece na conexão entre o jovem e a máquina que lhe dá as pernas.

Com todos esses elementos, Avatar pode ser uma experiência inesquecível, se contarmos o sucesso que a maioria das obras de James Cameron (O Exterminador do Futuro 2; Aliens: O Resgate; Titanic) fez no passado, ou para quem não gosta de exageros esse pode ser apenas um momento de diversão sem maiores conclusões.

Muitos também saíram do cinema se perguntando se haveria uma continuação, o que, segundo rumores, pode ser possível. Mas a pergunta que eu me faço é: será que vale mesmo a pena? Grandes produções quando se limitam a apenas um filme viram mitos – em alguns casos, lógico. Porém, uma sequência nessa situação é um risco que pode transformar um bom trabalho em um fiasco.

Vamos esperar pra ver!

Sherlock Holmes



Jack Sparrow que me desculpe, mas seu mais novo sucessor se chama Sherlock Holmes. Sim. O diretor Guy Ritchie também largou a barra da saia de Madonna e cada vez mais se firma finalmente como um bom diretor, lançando esse filme que, provavelmente, será um sucesso. Essa versão do famoso detetive joga fora aquela imagem de gentleman inteligente e elegante. Quer dizer, a inteligência fica, mas a sutileza de um lord desaparece.

Escolher Robert Downey Jr. para ser o protagonista também foi um tiro certo, já que o cara parece ser a bola da vez, por vários filmes que foram lançados por aí como :O Solista, O Homem de Ferro, Trovão Tropical...Ele dá uma alma para o personagem de Sir Arthur Conan Doyle como talvez ninguém daria, ou sei lá, às vezes a gente vê o ator se entregando tanto para aquele personagem que nos apegamos a ele. Mas independente de qualquer teoria acho que apesar de seu passado negro, Downey Jr. é um bom ator.

Aí fica a pergunta: e o seu fiel amigo John Watson? Claro que quem lembra de Sherlock lembra do doutor que sempre estava ao seu lado em todas as suas aventuras. No filme, Jude Law dá vida ao médico e faz isso com maestria. A dupla parece se entrelaçar bem na história - até demais. Porque segundo sugere o diretor Guy Ritchie, os dois tem um relcionamento homoerótico. Na verdade fica aquela coisa no ar, sabe? Será? Bom, algumas pessoas irão achar engraçada a situação, o que é mesmo.

A HISTÓRIA

Sherlock Holmes é um famoso detetive, conhecido por solucionar casos das formas mais inusitadas e com uma perspicácia singular. Watson mais parece o anjinho, que fica ao lado direito do ombro do amigo para guiá-lo da melhor forma possível, auxiliando nas investigações dos casos.

Desta vez, Sherlock se depara com um inimigo público, o Lorde Blackwood, que parece se envolver com forças satânicas. Com a intervenção da polícia, sua investigação toma um rumo diferente. Após ser preso em meio a um ritual, o vilão foi condenado à pena de morte e enforcado. Spoiler? Não, relaxa!


Tempos depois dessa "colher" enfiada no seu trabalho, Holmes fica deprimido e daí começa a bebedeira digna de Jack Sparrow mesmo. Fica depressivo, chato, convencido e ciumento...com Watson. Daí dá para pensar para que servem os amigos numa hora dessas, não é? O doutor tomou atitude e colocou Holmes de novo na ativa.

Mas, mesmo tendo o caso de Blackwood se tornado um resquício de mais uma de suas investigações, Sherlock não espera o que vem a seguir. Pode piorar? Pode. O temido Lorde levanta da tumba e desaparece, deixando apenas rastros de sua aparição para o coveiro. Daí pra frente só na base do "sigam-me os bons".

RESUMO DA ÓPERA

O filme realmente faz parte daquele baúzinho de revivals que os diretores estão usando por aí, pois a onda do "vamos refazer o que já está feito" é a melhor fórmula de sucesso em Hollywood ultimamente. Sherlock Holmes tem um roteiro bom, atores bons, fotografia 10, enfim, não dá pra falar mal de um filme legal assim. Pode ser subjetivo, mas o filme é bom e ponto! Minha ética jornalística foi por terra nesse momento.

A história é surpreendente e os trabalhos de câmera são muito bem pensados, como numa sequência de luta que acontece entre Holmes e um homem duas vezes maior que ele. Matrix pouco é bobagem!

Vale o ingresso!